quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Filas

Gente burra me dá raiva. Sério. É por ver certas coisas no dia a dia que digo que brasileiro tem mentalidade de terceiro mundo.

E não há maior exemplo do que as filas. Seja de supermercado, bancos, restaurantes ou lanchonetes, é tudo a mesma porcaria. Às vezes eu estou com uma (sim uma, de uma unidade, valor unitário, singular) conta e a pessoa que está na minha frente com uma pasta de contas toda bagunçada. Ou então como ontem, em que eu fui pagar a conta no restaurante, cujo o qual eu estava era obrigatório o pagamento no balcão, e a fila estava enorme.

A minha conta era bem simples: dava doze reais e alguns quebrados, mais a gorjeta, e eu estava com quinze reais, logo a atendente não teria muita dor de cabeça caso não fosse amiga dos números. Na minha frente estava uma mulher, com três comandas diferentes, e um cartão de crédito. Sabem o que isso significa? Passar o cartão, digitar os números, digitar novamente, já que de primeira nunca dá certo, e depois esperar imprimir o recibo. Eu não levei trinta segundos para pagar minha conta e ir embora, ela levou quase um minuto.

Acho que deveriam criar, assim como fazem em supermercados, filas rápidas, para quem vai pagar apenas uma conta de luz enquanto o outro vai pagar a conta do chefe, da tia, da mãe, do vizinho e do papagaio. Seria muito mais prático e rápido, as filas seriam menos estressantes e os caixas seriam menos xingados. Todo mundo sairia feliz e faria do nosso dia um dia melhor.

É como um amigo meu disse uma vez, “a gente sempre sabe como começa uma fila mas nunca sabe como ela termina”. O problema é que geralmente termina com todo mundo de cabeça quente.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Baixa o som!

Acho legal as campanhas para preservar o ambiente: não jogar o lixo nas ruas e nos rios, procurar reciclar os materiais como plástico, metais e vidros. Mas cacete, ninguém lembra que existem outros tipos de poluição, que também causam danos e são muito comuns nas cidades?

Tô falando de poluições como a visual e a sonora, em especial a segunda. É irritante! Fui ao Parque de Diversões e quase fico maluco: era um brinquedo tocando tecno, outro tocando funk, enquanto o ambiente era "presenteado" com alto falantes tocando com o volume no máximo bregas e forrós.

Merda, ninguém sabe que isso faz mal? E não tô falando só de prejudicar a audição não: o buraco é muito mais embaixo. Este é o terceiro maior problema ambiental que enfrentamos, e provoca problemas no sono, disfunções hormonais, causa ou agrava o stress e até mesmo a impotência sexual!

"Agora você se preocupou né?"

E sabe o pior disso tudo? Em um trabalho lá no colégio, coloquei essas conseqüências e um colega veio reclamar: "Não gostei dessa parte". Merda, só porque ele gosta de ir para essas festas e estourar os típanos dele, eu vou ter que conviver com isso e aturar também?

Só porque tem neguinho que nas férias gostam de ir para a praia exibir seus carros "turbinados" com caixas de som maiores do que o próprio automóvel, eu tenho que aturar se eu quiser curtir uns dias lá? Esse é o problema do brasileiro, pelo menos de uma grande parte. Ninguém se conscientiza dos seus direitos e deveres, e invadem o espaço do outro.

Tudo bem levar um som para curtir na praia, mas pra quê colocar no máximo? Pra nada. Sério, pra nada. No máximo para te deixar maluco com o cara do lado. Também não há problemas em colocar uma música ambiente nos brinquedos e no parque, mesmo sendo de gosto duvidoso, mas pra quê misturar os sons, colocando todos no máximo, um querendo se sobrepor ao outro? Custa baixar o volume do ambiente e deixar o som dos brinquedos em uma intesidade menor para não ficar misturando e ficar aquela porcaria?

Talvez eu seja um jovem velho rabugento falando demais. Mas não peço muito, só quero uma vida saudável, sem problemas para dormir, hormonais, stress e, claro, de impotência eu não quero nem chegar perto.

domingo, 7 de outubro de 2007

Dançar?! Nem pensar!

Com toda a falsa modéstia possível, posso afirmar que sei me socializar muito bem. Consigo manter uma conversa ao meu bel prazer, e consigo (quando me interessa, é lógico) conquistar a simpatia das pessoas com a minha conversa, em especial quando falo com adultos ou jovens com um "papo cabeça".

Mas ninguém é perfeito, e existe um habitat que, além de não conseguir me encaixar, não consigo compreender: é a pista de dança. Não me levem a mal, até admiro de uma certa forma as pessoas que conseguem se soltar, que dançam como se tivessem um ataque epilético e não se importassem com isso. Mas não dá, não consigo fazer isso, é algo que me parece tão primitivo quanto masturbação ou futebol.

"Não, eu não sou um E.T., apenas não gosto dessas coisas"

Eu sou do tipo de pessoa que prefere se sentar em uma mesa, com uns amigos, e curtir uma música ao vivo, não um forró, um funk ou um brega, mas MPB, uma Bossa Nova, ou até um Jazz. Não consigo nem considerar esses outros estilos como música, muito menos dançar.

E não adianta forçar, não danço e pronto. Eu não insisto meus amigos a lerem Plínio Cabral ou Nietzsche, nem a ouvirem Chico Buarque ou Toquinho. Diversão para mim é um conceito bem diferente de baladas e festas. Sou do tipo que curte ir ao cinema, ao teatro, alugar uns filmes, discutir e conversar (que são coisas bem diferentes ao meu ver).

Mas é só começar a dança, e pronto. Meu reino desmorona, todos vão para a pista e eu fico sentado, apenas observando. Algumas garotas até me chamam para dançar, me tentam puxar para a pista, mas recuso educadamente, o que não impede os outros de me tacharem de chato.

Por isso eu posso dizer que eu sou sim, um chato. E prefiro continuar a ser chato do que trocar Vinícius, Elis ou o Tom, por essas batidas. Pensando bem eu devo ser um E.T. mesmo...

sábado, 6 de outubro de 2007

Acabou

Terminei o namoro. Não queria falar sobre isso, até tinha outro tema para escrever aqui, mas é uma coisa que não me sai da cabeça.

Não sei qual é o meu problema. Ela é bonita, inteligente, me faz rir. Então por quê? Eu é que não consigo me aproximar das pessoas de forma verdadeira, esse é o problema. Quanto mais vou me aproximando de alguém, mais me distancio de quem eu realmente sou, acabo deixando de ser eu mesmo e me fechando, ficando mais calado, ou mais sério. Não sei o motivo de isso acontecer sempre, talvez inconscientemente eu tenha medo de ser eu mesmo e as pessoas perceberem, e quando começo a gostar de alguém pra valer, isso acaba aumentando. Eu mesmo acho muito idiota isso, será que sou inseguro?

Minha namorada não era perfeita, ninguém é. Mas por mais que às vezes os defeitos dela me deixassem maluco, as qualidades dela superavam isso, muitas vezes transformando os defeitos em um charme. Fiquei feliz em ver que ela enxergou que o nosso namoro estava começando a desandar, eu estava me fechando cada vez mais, e isso estava começando a fazer ela sofrer, o que era a última coisa que eu gostaria. A reação dela depois de nossa conversa foi tão madura que me surpreendeu, e foi uma grata surpresa.

Nem sei porque estou escrevendo isso aqui. Eu precisava desabafar, mesmo que ninguém leia isso (e assim espero). Escrevo essas mal traçadas linhas em meio a lágrimas, coisas que em quatro meses de namoro ela nunca havia visto. Talvez eu tenha sido frio demais, mas agora é tarde. Vou deixar que o destino cuide para que cada um, e principalmente ela, encontre alguém especial. Talvez a minha sina seja mesmo ficar sozinho... =]

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Sobre a Traição

Podem falar mal de mim, podem dizer que eu sou "frouxo" ou qualquer coisa do tipo, mas eu não vou trair minha namorada.

É incrível como depois que eu você, um cara zero à esquerda, atrapalhado, tímido e de beleza questionável, começa a namorar passa a ser assediado. Não entendo essas garotas que bastam ver um cara tachado na testa "comprometido" e já vão dando em cima. Tanta gente solteira nesse mundo, segurando vela e passando os sábados na frente do computador, e vão logo atrás de quem já se livrou disso?

Não é por questão de gostar ou não da minha namorada que eu não sou a favor de trair ela. O que sinto ou deixo de sentir não vem ao caso, se você está com uma pessoa não é o sentimento que você possui por ela que o impede de trair. É o caráter.

Tenho amigos que traem suas namoradas como quem troca de roupa. Isso é muito triste. Viver uma relação assim, em que você já perdeu todo o respeito pelo parceiro (sim, pois se tivesse um pingo de respeito não iria trair) é pior do que ficar sozinho. Pior é quando dizem "com as outras eu faço sexo, com ela eu faço amor". Se é ela que anda fazendo o "não-amor" por aí, o cara vira bicho, com chifre e tudo, como se tivesse moral para reclamar.

Posso perdoar muitas coisas em minha namorada atual e até mesmo nas que estão por vir (quem sabe?), dependendo do que for, posso terminar numa boa e sermos amigos. Mas se ela me trair, não vou coçar a cabeça e nem fazer escândalo: termino e pronto. Nunca mais vejo a cara da infeliz e viro a página.

É como um velho sábio me disse uma vez:

"Se um dia você for traído, e pensar em se jogar de um prédio, lembre-se: você tem chifres, e não asas. O difícil não é aguentar o peso do chifre na cabeça, e sim sustentar a vaca"

...

Tá, é mentira, não foi um velho sábio, foi o Google. =(

Ah! Gostaria de agradecer a Anna pelo post que ela publicou no blog dela, "A Princesa e o Canalha", falando sobre mim, é muito gratificante receber o elogio de alguém que eu acompanho a um bom tempo e que admiro muito. Mas prometo tentar melhorar cada vez mais para fazer jus a esses elogios! Valeu Aninha! ^_^

E não deixem de conferir o blog dela, que é MUITO bom, com posts inteligentes e bem bolados.

Quem quiser visitar A Princesa e o Canalha é só dar um Click Aqui ou conferir lá embaixo nos parceiros!

domingo, 30 de setembro de 2007

O prazer de ler

Olá galera!

Como eu recebi dezenas de e-mails (!) reclamando que eu estava postando todos os dias e assim ficava difícil acompanhar o blog, eu resolvi não postar ontem para dar uma folga para vocês! =D

...

Ok, é mentira. É que eu não parei em casa e por isso não tive tempo. =(

É que ontem eu fui na XI Feira Pan-Amazônica do Livro, um evento que, como o próprio nome sugere, é sobre livros. É incrível, fiquei lá por mais de quatro horas, e saí com a sensação de não ter visto sequer 1% do evento.

Todo ano eles homenageiam algum país, e este ano o escolhido foi Cuba, teve apresentações de música e dança e tudo mais.

Mas vamos nos focar no principal: os livros. Nossa, eu me sentia perdido no meio de tantas obras, sem saber qual comprar. Acabei comprando cinco livros, e olha que isso foi só o primeiro dia.

E eu resolvi arriscar. Em vez de seguir a maré e comprar os livros na moda, resolvi comprar obras que vez ou outra leio como citação em crônicas, poemas e discussões. Obras como Dom Casmurro, obras de Nietzsche, Plínio Cabral e afins.

Eu adoro ler. É como se fosse um ritual para mim. É quase tão relaxante quanto ir ao cinema sozinho, ou até mais. Se eu estiver tomando banho e me ligarem, tudo bem, eu desligo o chuveiro e vou lá atender. Se estiver passando aquele filme na TV que eu sempre quis assistir, e alguém me interromper, sem problemas, posso até reclamar, mas não passa disso.

Agora, tente, ouse se intrometer no momento em que eu estiver lendo alguma coisa. Desejarei do fundo de minha alma que você pereça, que rasteje, que viva miseravelmente sua vida patética como um verme. É isso. Pronto. Acabou.

Se alguém me interrompe, eu perco a linha de raciocínio, ocorre uma quebra no meu pensamento e por mais que eu esteja concentrado, vou ter que reler tudo de novo se eu quiser manter o raciocínio perdido. E isso é horrível, principalmente se você está lendo um livro mais analítico, como A Falência do Estado Moderno ou Crepúsculo dos Ídolos.

Agora vou indo, tô empolgado com os livros que eu comprei, e espero terminar de ler pelo menos um até amanhã.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Sobre a Rotulagem de Grupos

Você é EMO? Você é patricinha? Você é otaku? Parabéns, se você respondeu "sim" para alguma dessas perguntas ou pensou algo do tipo "não, eu sou do grupo tal", você é um(a) idiota.

Odeio essa mania das pessoas rotularem as outras em determinado grupo. Pior são as pessoas que rotulam a si mesmas e acham que estão abafando. Cada indivíduo possui suas próprias características e o fato de algumas coincidirem com a de outras pessoas é mera coincidência.

Grupos podem aproximar pessoas, é verdade. Mas ao mesmo tempo que aproxima alguns exclui outros, e sua mente se fecha para novas experiências e formas de pensar. Ao rotular um indivíduo, as probabilidades de você sentir aversão por ele antes mesmo de conhecê-lo aumentam exponencialmente.

Sem rotular as pessoas, já possuímos uma pré-disposição a julgar (mesmo que de forma inconsciente) as pessoas que acabamos de conhecer. Você geralmente "gosta" ou "não gosta" logo após o primeiro contato, a primeira impressão. É automático. E triste.

Quantas vezes você já viu tirarem sarro de um "emo" ou de um "otaku"? Ou até mesmo "roqueiros", "pagodeiros" e outros rótulos? Às vezes nos esforçamos tanto para TENTAR parecermos boas pessoas e não enxergarmos o quanto de hipocrisia há em nós mesmos. Todos nós (infelizmente) somos preconceituosos.

Tudo bem, você pode tentar se enganar dizendo que isso é só brincadeira e que você não pensa assim realmente. Sem problemas. Você encarando os fatos ou preferir continuar se enganando não irá mudar em nada minha vida. Dane-se.

Sinto realmente PENA de pessoas que rotulam a si mesmas em um determinado grupo. É como se elas não aceitassem a si mesmas, e buscassem uma fuga ao entrar em uma determinada roda de amigos buscando alguma identidade. Pior são as pessoas que vivem nessa fuga constantemente, entrando em grupos apenas por eles estarem "na moda". Pessoas como essas nunca se sentirão realizadas, por nunca encontrarem a si mesmas.

Talvez um dia as pessoas compreendam que ninguém é uma embalagem, que ninguém deve ser obrigado a receber um rótulo e ficar por isso mesmo. Não somos a embalagem, e sim o conteúdo que há por trás dela. Não faço parte de grupo nenhum, se bem que isso já me deixa rotulado como "excluído". É uma merda mesmo...

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

A Morte da Nega

Esse é um fato verídico. A Nega comparecera, pela primeira vez, em sala de aula. Com um cheiro capaz de despertar desejos em qualquer um, com uma aparência impecável, como se implorasse para ser reparada, observada, comida.

Fora apresentada aos outros por um amigo, que a trouxera consigo, com todo o carinho, mas ainda assim, demonstrando a vontade, o desejo.

Despertando sensações, causando brilho no olhar de seus admiradores, que boquiabertos, contemplavam aquela cor marrom, não um marrom qualquer, mas um marrom-chocolate, daqueles que as mais conceituadas docerias do mundo nunca sequer jamais conseguiram.

Seus admiradores olhavam para a cobertura, a "casca", e em suas mentes alimentavam o pensar do desejo, criando em suas cabeças mil e uma sensações. E o recheio. Ah, o recheio. Momento máximo do prazer, em que o doce sabor supera a espera, a fazendo valer a pena, misto de prazer e desespero se confundem, mordidas e mais mordidas vorazes demonstrariam o estado ansioso deles, caso viesse a se concretizar o ato. Mas não.

Eis que a Nega, com seus odores adocicados, suas formas provocantes, e sua aparência impecável, caíra. Não uma simples queda, que dura apenas alguns segundos, frações de minutos. Mas a queda dera-se de forma lenta, quase como que em câmera lenta. Não a uma velocidade absurda, digna de uma Matrix, mas ainda assim caíra de forma lenta. Seus pedaços espatifaram-se pelo chão, um grito de horror apoderara-se da sala. Todos se sensibilizaram. Ninguém mais ali poderia comê-la, embora ainda a desejassem. "Quem sabe quando ninguém estiver vendo?", pensara um deles, mas não, isso seria horrível demais.

Sôou a campa, todos foram, tristes, para o intervalo. Ninguém mais olhava para ela, ninguém mais a desejava naquele estado. Ela foi abandonada, e, solitária, foi jogada ao relento. Ignorada, a Nega não seria, nunca mais, desejada.

"Mas ninguém irá esquecer o dia em que uma Nega Maluca caiu no chão da sala de aula"

[*] Texto dedicado ao meu amigo André, que em nada teve culpa pela queda do bolo na sala de aula, hoje.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Cineminha, pipocão e muito bem desacompanhado

Adoro a magia do cinema. Quando as luzes se apagam, um clima de magia se espalha pelo ar, como se todos os seus problemas tivessem sido expulsos pelo lanterninha. O filme começa, a estória se desenrola, você torce pelo mocinho, seja para ele ter um final feliz ou para cair de um penhasco. E quando tudo acaba, você sente que, mesmo o filme tendo sido uma porcaria, que sua tarde não foi jogada fora.

O problema é quando eu vou ao cinema. Não que eu não goste de companhia ou que eu não tenha opção, coisa que tenho até demais: amigos, amigas, namorada, primos. O problema é que tem certos momentos em que eu GOSTO de ir sozinho ao cinema.


"Ohhhhhhh!!!"

Pois é, eu adoro ir ao cinema SOZINHO. Nada contra meus amigos ou minha namorada, mas tem vezes que eu gosto de ficar a sós comigo mesmo. Sair para assistir um filminho, ou passear pelo Shopping. Coisas simples assim, em que reservo um momento ou outro para curtir comigo mesmo.

O problema, é que geralmente eu sou "o coitado". A fila tá enorme, todos com seus amigos com com o namorado, me olhando sozinho, ao relento. São olhares de "Pobrezinho, não tem ninguém para sair com ele", "Coitadinho" e coisas do gênero que me aborrecem de vez em quando. Até a mulher da bilheteria, quando tá de bom humor, olha com uma certa estranhesa, com um olhar de pena.

Eu adoro a solidão, chega a ser poético. Eu paro para refletir sobre diversos assuntos, me divirto, esvazio a mente. Claro, não vou querer estar sozinho quando estiver morrendo, mas uma vez ou outra, estar sozinho é muito bom. Por que não?

Ir sozinho te dá PAZ, quando vou ao cinema em geral não vou para me divertir com os amigos, e sim para esquecer um pouco da minha vida e relaxar, e não tem lugar melhor do que uma sala escura e uma pipoca do lado.

Por isso gosto sim, aliás, gosto é pouco, eu ADORO ir ao cinema sozinho. Gosto de ir e vou muito bem desacompanhado, obrigado.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Sobre o Estudo Reflexivo de Sensações Efêmeras

Ah... O amor... Momentos felizes, companhia agradável, cumplicidade. Um conto de fadas, uma versão do Papai Noel para adultos. Ok, como já deu para perceber, não sou adepto desse conceito generalizado que se há sobre "o amor".

Primeiramente, por se tratar de uma palavra banalizada. Todo mundo ama todo mundo, ou ao menos diz "te amo", o que já é meio caminho andado.

[Fulano] Me empresta dez centavos?

[Eu] Toma (coloca a mão no bolso e retira dez centavos, que é entregue ao indivíduo)

[Fulano] Valeu! Te amo!

Hoje em dia é mais barato você comprar amor do que comprar um chiclete. E o chiclete, pelo menos, vem em vários sabores.

Não há amor que dure para sempre. Aliás, não há amor para nada. O jovem de hoje olha para a vizinha e seus hormônios já dizem que é amor. A garota romântica que senta no fundão da sala, usa óculos fundo de garrafa e aparelho de dente enorme, tropeça e cai. O pobre diabo que se dispor a ajudá-la a se levantar será o primeiro amor dela, afinal, "ele é especial".

Até mesmo em alguns casos na família. Vejo amigos que só soltam um "te amo" para o pai ou para a mãe quando querem pedir alguma coisa, geralmente dinheiro. Alguns nem se dão ao trabalho, só dizem "passa a grana" e pronto.

Os jovens de hoje ficam com cinco, seis, oito pessoas em uma festa. Eles dizem que é para conhecer a pessoa, mas o que eu menos vejo nesses casos é um diálogo.

Talvez, no máximo, exista uma afinidade, algo em comum entre essas duas pessoas. Mas amor? Não, preferi deixar esse conto de fadas para meus pais, meus avós. Aliás, é interessante reparar que isso de "procurar a pessoa amada" não é tão antigo como muita gente pensa. As pessoas casavam antes por obrigação. O cara ia lá, recebia o dote e levava a esposa de brinde. Talvez nossos bisavôs ou tataravôs nem chegaram a conhecer nossa bisavó ou tataravó direito, e já se encontravam casados.

Além do mais, a maioria dos relacionamentos (isso se eu considerar que existe, em algum lugar desse mundo, um à prova de falhas) se baseia em uma mentira. A constante é que as pessoas mentem, a variável é o motivo. Seja uma traição no passado, um segredo, um elogio que você tenha feito para a roupa horrorosa que ele(a) estava usando. Sempre há mentiras em relacionamentos, talvez um "te amo" seja a menor delas.

Relacionamentos, em geral, trazem mais complicações do que vantagens. Você acaba se expondo, em maior ou menor grau, para a outra pessoa, acaba criando laços, mesmo não sendo laços afetivos. Você pode enviar bilhetinhos com mil juras de amor. Aliás, brasileiro tem essa mania ridícula de fazer promessas que sabe que nunca irá cumprir. Mas tudo bem, também sou brasileiro, também faço essas promessas uma vez ou outra.

No final dessas juras de amor, o que restam? Bingo. O romance acabou, o relacionamento acabou. É uma verdadeira disputa para ver quem fala mal de quem. Sabe aquele sexto dedo que você tem no seu pé direito e que você não contava para ninguém? Pois é, virou a nova atração do Orkut. Sabe aquela verruga que você tem perto das suas partes íntimas? É o assunto do momento na roda de amigos do seu ex. Esse é o "amor eterno" de vocês. Isso é o que sobra.

Agora eu pergunto, cadê o amor nisso? Muitos me condenam e me acham uma espécie de "robô", mas acreditem, já fui crente nessa ideologia. Mas abri meus olhos.

Muitos me chamam de "desiludido". Eu fico rindo de quem me chama assim, pois a pessoa que me chama de "desiludido" chama a si mesma de "iludida". Melhor viver em uma fantasia ou encarar os fatos? Isso vai de cada um. Eu prefiro a segunda opção. Ao ver o mundo de uma forma mais calculista, você acaba vendo os dois lados da moeda, acaba vendo que existem mal onde há o bem e que o bem nem sempre é bem para todo mundo. E que o amor nada mais é do que um alucinógeno, que é bom, vicia, é prazeroso, mas que não é real.

Amo vocês!

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Última Sinfonia.

Oi? XD
Eu to aqui nesse blog pra ajudar o Stylus, foi uma idéia que surgiu quando eu mostrei uma poesia pra ele e o ser disse pra eu criar um blog publicando minhas obras. Como eu tava com preguiça ele disse que eu podia usar esse...

Então ai vai meu poema ;)

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Última Sinfonia.

Eu vejo claramente,
meus amigos e eu dormindo
em um sono profundo.
Meu corpo e mente
perderam sua utilidade.

Todas as dores
agora não me machucam.
Toda minha vida passa diante dos meus olhos,
mas não ligo.
Meus sentimentos viraram pedra.

Nada mais temo,
apenas guardo a última sinfonia.
O início do meu descanso...

Os barulhos que presenciei,
nessa guerra fria,
apenas me atormentaram.
Uma guerra é como uma chuva,
os soldados apenas gotas,
a minha chegou a seu destino.
E o som continua agressivo,
não me importo.
Cheguei ao meu fim.

Nada mais temo,
apenas aguardo a última sinfonia.
Finalmente chegou o início do meu descanso...

Sobre a Felicidade

Nada me incomoda mais do que este marketing em torno da felicidade. A mídia vende que a felicidade se compra com roupas caras, com uma boa forma física e sendo amado por todos. Balela.

Primeiramente, a felicidade é uma utopia. NINGUÉM é 100% feliz. Isso porque as pessoas tendem a buscar sempre a comparação. Poucos (ou talvez ninguém) conseguem compreender que não existem pessoas melhores ou piores, apenas diferentes entre si. Por isso elas tendem a se sentirem inferiores (e por isso não gostarem de si mesmas), ou a se sentirem superiores (e serem detestadas pelos outros).

Em segundo lugar, as pessoas se prendem muito facilmente a sentimentos, e por isso se tornam frágeis a possíveis desilusões. Eu mesmo talvez me prenda a um sentimento ou outro às vezes, mas não me torno escravo dele. Não vivo pelo sentimento que eu sinto, eles é que não conseguem viver sem mim.

Além disso, quem disse que felicidade não se compra morreu antes de inventarem o dinheiro.

"Provavelmente isso não te faz feliz"

Dinheiro é fundamental, você não pode ser feliz passando fome. Mas há pessoas que colocam isso acima de tudo e por isso acabam deixando de lado coisas boas da vida. Sem falar das pessoas que acreditam que a beleza é fundamental ou que colocam alguém como a base para a felicidade dela. E não falta gente desse tipo por aí...

Conheço pessoas que se tornaram extremamente dependentes de outras. NINGUÉM é insubstituível. Você pode perder um amigo, mas logo aparecerá outro. Essa é a vida, não importa em quantos pedaços seus sentimentos foram partidos, o mundo não irá parar para que você os concertem.

Fazer tempestades em copo d'água, se irritar por coisas fúteis e efêmeras... Nada disso importa realmente. O problema está em como encarar as circunstâncias que aparecerem. Chorar não irá arrumar a bagunça que foi feita. Existe um ditado chinês em que diz "se você possui um problema e ele tem solução, não se preocupe, pois ele tem solução; se você possui um problema e ele não tem solução, não se preocupe, pois ele não tem solução". É simples assim.

Um dos maiores problemas que enfrento é que as pessoas me julgam alguém infeliz. As pessoas se baseiam muito na crença de que você só é feliz se ama e é amado. O problema é que isso não existe.

Felicidade para mim é você estar bem nos principais aspectos. Ter alguém para conversar, ter uma boa saúde e não se preocupar com as contas no final do mês. Não tenho o sonho de uma casa de praia, uma esposa maravilhosamente linda e um cachorro correndo pela beira da praia ao pôr-do-sol. Mas se tudo isso vier, também não vou reclamar. O negócio é aproveitar todos os momentos e lugares, não importando quais sejam.

Um dia feliz para mim é um dia sem dor de cabeça. É um dia em que acordei ouvindo um "bom dia" e a mulher da cantina sorriu para mim ao entregar o lanche. É quando dizem "obrigado" por eu segurar a porta do elevador para a pessoa. Não vejo um dia feliz como um dia especial, em que salvei a vida de alguém ou tirei aquela nota máxima naquela prova difícil. Se não aconteceu nada de ruim comigo, se deitei na minha cama ao final de um dia simples, mas sem complicações, talvez não seja um dia feliz, mas é o mais perto que consigo chegar e fico o suficientemente satisfeito por isso.

Tenho grandes ambições na vida. Grandes MESMO. E a cada degrau que subo rumo aos meus sonhos, me aproximo cada vez mais da felicidade. Nunca irei chegar até ela, mas tentarei me aproximar cada vez mais, rumo ao infinito, em uma jornada que nunca terá fim. E por mais que não seja 100% feliz (ninguém é!), serão os momentos em que mais me aproximarei dessa utopia. Talvez um dia as pessoas sejam realmente felizes, quando descobrirem que a felicidade não é uma equação, e que as pessoas são uma igualdade. A fórmula é simples, o problema é que as pessoas demoram a descobrir que o "x" dela são elas mesmas...

domingo, 23 de setembro de 2007

A História de um Casal Apaixonado

Era um homem e uma mulher. Certo dia, em meio a uma tarde chuvosa, se conheceram. Começaram a conversar e viram o quanto tinham em comum: o gosto por filmes, por livros, por esportes. Eles combinavam em exatamente tudo.

Uma conversa, que poderia ter sido apenas uma conversa boba de uma tarde chuvosa, transformara-se em uma bela amizade. Ele falava sobre seu dia no escritório, e seus desabafos sobre sua família e amigos. Ela o compreendia, e também se abria com ele, falando sobre sua vida e seus amigos na faculdade.

Aquela amizade cresceu, e certo dia ela disse "te amo" (sim, ela, pois ele era muito tímido para isso). Como se estivesse esperando por aquelas palavras a muito tempo, ele soltou um grito de felicidade, e disse um grande "EU TAMBÉM TE AMO" para ela. Foi um momento mágico, e foram várias juras de amor. Agora eles eram um casal, e todos sabiam disso.

Os cartões de Natal, os aniversários. O tempo foi passando e o sentimento que um nutria pelo outro aumentava cada vez mais. Claro, nesse tempo ocorreu uma vez ou outra certas discussões. Mas tudo isso era passageiro, e logo o casal estava unido novamente, e com a relação mais fortalecida.

Desconfiança, ciúmes, nada disso importava. Aquele homem e aquela mulher viviam felizes simplesmente por terem um ao outro. Eles se amavam e era o que bastava.

Foram felizes por 25 anos. Até que um dia se encontraram. Maldita internet.

Male-o-quê?

Finalmente tenho onde escrever minhas besteiras. É. Criei um Blog. Me rendi e cedi a essa moda ultrapassada. Acho que é a melhor forma de escrever, de ter liberdade para falar o que quiser e com acesso a um monte de gente. Não que eu seja lá um grande escritor, mas tenho um ou outro momento de inspiração...

Bem, acho que é isso, quanto ao nome, não me perguntem o que significa, que nem disso tenho certeza, mas seja lá o que for, soa legal (tá, se for xingamento, ninguém sabe o que é mesmo então tá tudo bem).

Vou escrever aqui minhas besteiras, desde de reflexões que ninguém entende (nem eu mesmo!) até a besteiras como receitas de bolo.

Bem, é isso aí, fiquem Malemolentes e sejam felizes!

Ou não o_O